terça-feira, 30 de agosto de 2011

#ForaJaquelineRoriz

Tradição de família!?

O inverno brasiliense, a seca, trás consigo as queimadas, mas não é isso que nos últimos anos deixa o periodo mais aquecido de que o normal. Aparentemente é o período que a familia Roriz mais gosta para arquitetar suas maracutaias.

Consigo inclusive vislumbrar a cena. Inicio de noite, familia reunida a beira da lareira, todos bem acomodados conversando sobre qual o próximo passo para queimar o suado dinheiro dos trabalhadores, estudantes e cidadãos brasileiros.

Explico minha análise:

Julho/Agosto de 2006, inicio do processo eleitoral. No escritório de Durval Barbosa, aquele mesmo, que fecha com todo e qualquer governo do DF. A então candidata à Distrital Jaqueline Roriz, vai em busca de dinheiro de procedência duvidosa para investir na sua campanha. É importante lembrar, que no mesmo período Joaquim era candidato ao Senado.





Dia 04 de junho de 2007, plenário do Senado Federal, o Brasil assistia uma das mais lamentáveis cenas de sua história. O então “senador” Roriz, renunciava ao cargo a fim de não perder seus direitos políticos proveniente de uma cassação que se aproximava. Mais uma vez, colocava os filhos do jovem Distrito Federal expostos em nível nacional como artífices de maracutaias e roubalheiras.





24 de setembro de 2010, após uma batalha judicial, onde o TSE cassou e o STJ adiou a decisão sobre o registro de candidatura de Roriz, assistimos a velha prática de políticos corruptos oligárquicos que não se desprendem do poder. Mais uma vez nosso DF estava imerso no debate sobre moralidade e ética na política, infelizmente pela falta de ambos.





Não satisfeito, lançou Weslian, sue esposa, candidata em seu lugar. Mesmo com todo “amor” por Roriz, ela em 50 anos de vida pública sequer conseguiu se desvincular da imagem  do marido e fazer sua própria campanha. Nada mais que óbvio, haja vista que esta familia é muito “unida”



Isso é uma prova do desrespeito ao cidadão Brasiliense, em especial, aqueles que abriram mão de suas vidas e famílias para vir construir aquela denominada "Capital da Esperança".

O dia de hoje pode marcar o início de um novo tempo ou a coroação de práticas espúrias. Esta decisão não está desta vez na mão a penas dos eleitores do Distrito Federal, mas sim, de todos os representantes eleitos em todos os estados do Brasil, que sofrem jun to conosco do DF, em especial os jovens, que passam a não mais acreditar que haja caminho de transformação através da política, justamente por não confiar de fato em quem foi eleito para tal fim.



Queremos mudar essa realidade. Queremos uma Brasilia que transmita novamente a esperança para o Brasil. Uma jovem cidade que tem como missão dar e exemplo e ser a guardiã das leis. Um lugar que todos os brasileiros possam se orgulhar.

Hoje é dia de se manifestar. Quem tiver condições, compareça as 15 horas no anexo 3 da Câmara dos Deputados, se não houver possibilidade, faça valer sua voz através das redes sociais, digite a tag #ForaJaquelineRoriz e mostre a sua opinião. Não deixe que essas práticas permaneçam no nosso cotidiano.





Pelo DF e Pelo Brasil

#ForaJaquelineRoriz


sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Não bastasse a desigualdade social. Não bastasse a ostentação de poucos às custas da miséria e da fome de milhões. Não bastasse a imposição cultural e de valores ocidentais às minorias e às sociedades tradicionais. Não bastasse a objetificação do próprio ser humano – sobretudo das mulheres – onde se transforma o corpo e @ própri@ individu@ em meros objetos de consumo. Enfim, não bastassem todos os tipos de abusos, desrespeitos e explorações que o ser humano impõe ao próprio ser humano, o sistema o qual estamos inseridos ultrapassa a fronteira biológica e parte na atuação individualista e irresponsável pra cima das mais diversas formas de vida e riqueza que se tem no mundo.

A partir da imposição de desejos e sonhos que apontam o sucesso individual como a mais louvável das ações humanas, parte a humanidade na busca desenfreada por recursos que gerem riquezas para serem novamente reinvestidas. Um ciclo vicioso que desconsidera tudo e tod@s para se alcançar os objetivos almejados. Nessa lógica, faz sentido que um único homem tenha propriedades maiores do que países, produção maior do que PIBs e trabalhadores em maior número do que nações, enquanto a grande maioria da população mundial não dispõe de terra sequer para produzir a própria subsistência e não é dona nem de si mesma. Faz sentido que se use agrotóxicos que contaminam nascentes e mananciais em monoculturas que acabam com a biodiversidade e com o equilíbrio natural da terra. Agrotóxicos, estes, que tem como destino final o meu e o seu estomago, o leite materno que contamina a criança desde o nascimento, o corpo inteiro dos trabalhadores do campo, dentre outros. Faz sentido que noss@s representantes aprovem um código florestal que desconsidera todos os estudos técnicos e movimentos sociais para satisfazer os interesses de uma bancada ruralista que não tem compromisso com ninguém senão com o capital e com os grandes produtores.

A luta pelo meio-ambiente se não andar de mãos dadas com a luta social só pode ser entendida como demagógica e perversa. Temos que desmistificar que se salvará o planeta desligando a torneira ao se escovar os dentes e expor toda a hipocrisia daqueles que se apropriam de tão importante luta para reproduzir o mesmo sistema gerador de tanta devastação e injustiça. É claro que a transformação passa pelos hábitos do dia-a-dia. Mas não podemos entrar na onda do marketing verde – que é o que há de mais desenvolvido em termos de sustentabilidade no Brasil, infelizmente – de que basta “cada um fazer a sua parte”. Pra além do nível individual, é preciso ter políticas públicas que garantam uma sustentabilidade de fato e o comprometimento governamental com o cuidado de nosso povo e natureza. Não existe sustentabilidade sem divisão da terra, sem incentivo à agricultura familiar e sem a garantia de boas condições de vida pr@ trabalhador@ do campo. Não existe sustentabilidade sem investimento em educação e em novas tecnologias. Não existe sustentabilidade em um sistema que deixa milhões de marginalizados em situação de rua enquanto uma minoria enriquece com a especulação imobiliária. Não existe sustentabilidade sem repensar a valoração que se é dada aos recursos naturais e sem entender que o dinheiro só tem valor simbólico. E, dentro deste sistema valorativo que é o monetário, existem riquezas que não se encaixam e nem por isso devem ser ignoradas. Não existe luta pelo meio-ambiente sem levar em conta as condições de vida levadas por animais que serão destinados às nossas mesas e sem entender o que cada Kg de carne representa em termos de água e terra consumida.

Tratar do sustentabilidade é, sim, tratar das árvores. É, sim, desligar a torneira ao se escovar os dentes. Mas é, principalmente, uma revisão completa do nosso modelo produtivo, da lógica de consumo capitalista e das nossas práticas cotidianas. Qualquer luta que não leve em conta estes aspectos não pode ser considerada sustentável e qualquer militante que se propõe ambientalista e não almeja mudanças estruturais tem flores de plástico na boca.

Raphael Sebba é estudante de Engenharia Ambiental da UnB e Coordenador do DCE

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Brasil ainda precisa evoluir na luta contra o preconceito

O que estamos acompanhando nesses últimos meses no horário nobre da Televisão nada mais é do que a arte imitando a realidade, atos de homofobia que só retratam o que acontece na realidade.
           
Pessoas Gays são espancadas por terem uma orientação sexual dita por esses “PitBoys” como “diferente”. Um absurdo que vem acontecendo com frequência no Brasil.

Em pleno século XXI ainda vimos fatos de brutalidade contra pessoas que tem outra orientação sexual, igual víamos nos séculos XVIII e XIX onde tínhamos um país machista e preconceituoso.

O país esta evoluindo, mas ainda precisa avançar mais, um exemplo de evolução é a decisão do STJ que reconhece a união estável homoafetiva e um exemplo de preconceito é a criação proposta por um vereador de São Paulo e aprovada pela Câmara de Vereadores do “Dia do Orgulho Hétero”.

Comparar o “Dia Orgulho com Gay” com o “Dia do Orgulho Hétero” é muito tacanho, manifestações são feitas para darem visibilidade às minorias vítimas de preconceitos e até onde sei, os héteros não são discriminados.

 Com certeza todos podem sentir orgulho do que são, porém, as pessoas vítimas de preconceito se organizam para se tornarem visíveis, para que seus direitos sejam respeitados e para que não aconteça mais o que aconteceu no metrô em São Paulo, pessoas serem espancadas só por demonstrarem afeto.

Agora, o esperado mesmo é que consigamos atingir um grau de respeito e civilidade e não precisemos mais de manifestações. Por enquanto ainda necessitamos muito dessas manifestações, só não precisamos do "Dia do Orgulho Hétero".


Gabriel Villarim é Representante da Juventude Socialista Brasileira no Congresso Nacional