terça-feira, 20 de setembro de 2011

Apostando na copa de 2014

         O Governo do Distrito Federal começou no último dia 16/09,unto com todo o Brasil, a contagem regressiva dos mil dias para o início da Copa do Mundo de Futebol, em uma festa muito bem organizada.
            O forte esquema de segurança, os grandes artistas contratados, o aumento no número de ônibus e a ampliação do horário de funcionamento do metrô são exemplos que mostram que Brasília se coloca definitivamente na briga para sediar a abertura da copa e para mostrar à comissão organizadora da FIFA que temos condições de ser uma das melhores sedes.
            A cidade está de fato na expectativa pela escolha da cidade que abrirá a copa e não é só isso, a população já está em clima de festa. Ter a abertura seria o auge do evento em Brasília, mas só o fato de a cidade ser uma das sedes já é um reconhecimento e não ter a abertura com certeza não tirará o seu brilho.
 Porém, em 2014 não teremos só a copa, teremos também as eleições e apostar em uma boa organização da copa significa muito, pode ser o sucesso ou o fracasso do governo. Por isso todos os esforços estão voltados para a copa do mundo.
            Hoje somos uma das cidades mais adiantadas com relação às obras tanto do estádio Nacional de Brasília quanto as de infra-estrutura. É claro que até 2014 esses esforços só tendem a aumentar. Grandes investimentos estão sendo e serão feitos até o evento.
Logo após a copa começa a campanha eleitoral em todo o DF e a lembrança mais recente na memória dos brasilienses com toda a certeza será essa.
            Apostar neste grande evento como uma forma de garantir uma boa avaliação do Governo parece que será a aposta dos nossos governantes. Neste caso, sucesso poderá soar reeleição, já um fracasso...
            Bem, só resta aguardar as cenas dos próximos capítulos, mas, tudo leva a crer que daqui até 2014 esse será o tom da batida, essa será a aposta, essa será a prioridade.

Gabriel Villarim é representante da JSB no Congresso Nacional

terça-feira, 30 de agosto de 2011

#ForaJaquelineRoriz

Tradição de família!?

O inverno brasiliense, a seca, trás consigo as queimadas, mas não é isso que nos últimos anos deixa o periodo mais aquecido de que o normal. Aparentemente é o período que a familia Roriz mais gosta para arquitetar suas maracutaias.

Consigo inclusive vislumbrar a cena. Inicio de noite, familia reunida a beira da lareira, todos bem acomodados conversando sobre qual o próximo passo para queimar o suado dinheiro dos trabalhadores, estudantes e cidadãos brasileiros.

Explico minha análise:

Julho/Agosto de 2006, inicio do processo eleitoral. No escritório de Durval Barbosa, aquele mesmo, que fecha com todo e qualquer governo do DF. A então candidata à Distrital Jaqueline Roriz, vai em busca de dinheiro de procedência duvidosa para investir na sua campanha. É importante lembrar, que no mesmo período Joaquim era candidato ao Senado.





Dia 04 de junho de 2007, plenário do Senado Federal, o Brasil assistia uma das mais lamentáveis cenas de sua história. O então “senador” Roriz, renunciava ao cargo a fim de não perder seus direitos políticos proveniente de uma cassação que se aproximava. Mais uma vez, colocava os filhos do jovem Distrito Federal expostos em nível nacional como artífices de maracutaias e roubalheiras.





24 de setembro de 2010, após uma batalha judicial, onde o TSE cassou e o STJ adiou a decisão sobre o registro de candidatura de Roriz, assistimos a velha prática de políticos corruptos oligárquicos que não se desprendem do poder. Mais uma vez nosso DF estava imerso no debate sobre moralidade e ética na política, infelizmente pela falta de ambos.





Não satisfeito, lançou Weslian, sue esposa, candidata em seu lugar. Mesmo com todo “amor” por Roriz, ela em 50 anos de vida pública sequer conseguiu se desvincular da imagem  do marido e fazer sua própria campanha. Nada mais que óbvio, haja vista que esta familia é muito “unida”



Isso é uma prova do desrespeito ao cidadão Brasiliense, em especial, aqueles que abriram mão de suas vidas e famílias para vir construir aquela denominada "Capital da Esperança".

O dia de hoje pode marcar o início de um novo tempo ou a coroação de práticas espúrias. Esta decisão não está desta vez na mão a penas dos eleitores do Distrito Federal, mas sim, de todos os representantes eleitos em todos os estados do Brasil, que sofrem jun to conosco do DF, em especial os jovens, que passam a não mais acreditar que haja caminho de transformação através da política, justamente por não confiar de fato em quem foi eleito para tal fim.



Queremos mudar essa realidade. Queremos uma Brasilia que transmita novamente a esperança para o Brasil. Uma jovem cidade que tem como missão dar e exemplo e ser a guardiã das leis. Um lugar que todos os brasileiros possam se orgulhar.

Hoje é dia de se manifestar. Quem tiver condições, compareça as 15 horas no anexo 3 da Câmara dos Deputados, se não houver possibilidade, faça valer sua voz através das redes sociais, digite a tag #ForaJaquelineRoriz e mostre a sua opinião. Não deixe que essas práticas permaneçam no nosso cotidiano.





Pelo DF e Pelo Brasil

#ForaJaquelineRoriz


sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Não bastasse a desigualdade social. Não bastasse a ostentação de poucos às custas da miséria e da fome de milhões. Não bastasse a imposição cultural e de valores ocidentais às minorias e às sociedades tradicionais. Não bastasse a objetificação do próprio ser humano – sobretudo das mulheres – onde se transforma o corpo e @ própri@ individu@ em meros objetos de consumo. Enfim, não bastassem todos os tipos de abusos, desrespeitos e explorações que o ser humano impõe ao próprio ser humano, o sistema o qual estamos inseridos ultrapassa a fronteira biológica e parte na atuação individualista e irresponsável pra cima das mais diversas formas de vida e riqueza que se tem no mundo.

A partir da imposição de desejos e sonhos que apontam o sucesso individual como a mais louvável das ações humanas, parte a humanidade na busca desenfreada por recursos que gerem riquezas para serem novamente reinvestidas. Um ciclo vicioso que desconsidera tudo e tod@s para se alcançar os objetivos almejados. Nessa lógica, faz sentido que um único homem tenha propriedades maiores do que países, produção maior do que PIBs e trabalhadores em maior número do que nações, enquanto a grande maioria da população mundial não dispõe de terra sequer para produzir a própria subsistência e não é dona nem de si mesma. Faz sentido que se use agrotóxicos que contaminam nascentes e mananciais em monoculturas que acabam com a biodiversidade e com o equilíbrio natural da terra. Agrotóxicos, estes, que tem como destino final o meu e o seu estomago, o leite materno que contamina a criança desde o nascimento, o corpo inteiro dos trabalhadores do campo, dentre outros. Faz sentido que noss@s representantes aprovem um código florestal que desconsidera todos os estudos técnicos e movimentos sociais para satisfazer os interesses de uma bancada ruralista que não tem compromisso com ninguém senão com o capital e com os grandes produtores.

A luta pelo meio-ambiente se não andar de mãos dadas com a luta social só pode ser entendida como demagógica e perversa. Temos que desmistificar que se salvará o planeta desligando a torneira ao se escovar os dentes e expor toda a hipocrisia daqueles que se apropriam de tão importante luta para reproduzir o mesmo sistema gerador de tanta devastação e injustiça. É claro que a transformação passa pelos hábitos do dia-a-dia. Mas não podemos entrar na onda do marketing verde – que é o que há de mais desenvolvido em termos de sustentabilidade no Brasil, infelizmente – de que basta “cada um fazer a sua parte”. Pra além do nível individual, é preciso ter políticas públicas que garantam uma sustentabilidade de fato e o comprometimento governamental com o cuidado de nosso povo e natureza. Não existe sustentabilidade sem divisão da terra, sem incentivo à agricultura familiar e sem a garantia de boas condições de vida pr@ trabalhador@ do campo. Não existe sustentabilidade sem investimento em educação e em novas tecnologias. Não existe sustentabilidade em um sistema que deixa milhões de marginalizados em situação de rua enquanto uma minoria enriquece com a especulação imobiliária. Não existe sustentabilidade sem repensar a valoração que se é dada aos recursos naturais e sem entender que o dinheiro só tem valor simbólico. E, dentro deste sistema valorativo que é o monetário, existem riquezas que não se encaixam e nem por isso devem ser ignoradas. Não existe luta pelo meio-ambiente sem levar em conta as condições de vida levadas por animais que serão destinados às nossas mesas e sem entender o que cada Kg de carne representa em termos de água e terra consumida.

Tratar do sustentabilidade é, sim, tratar das árvores. É, sim, desligar a torneira ao se escovar os dentes. Mas é, principalmente, uma revisão completa do nosso modelo produtivo, da lógica de consumo capitalista e das nossas práticas cotidianas. Qualquer luta que não leve em conta estes aspectos não pode ser considerada sustentável e qualquer militante que se propõe ambientalista e não almeja mudanças estruturais tem flores de plástico na boca.

Raphael Sebba é estudante de Engenharia Ambiental da UnB e Coordenador do DCE

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Brasil ainda precisa evoluir na luta contra o preconceito

O que estamos acompanhando nesses últimos meses no horário nobre da Televisão nada mais é do que a arte imitando a realidade, atos de homofobia que só retratam o que acontece na realidade.
           
Pessoas Gays são espancadas por terem uma orientação sexual dita por esses “PitBoys” como “diferente”. Um absurdo que vem acontecendo com frequência no Brasil.

Em pleno século XXI ainda vimos fatos de brutalidade contra pessoas que tem outra orientação sexual, igual víamos nos séculos XVIII e XIX onde tínhamos um país machista e preconceituoso.

O país esta evoluindo, mas ainda precisa avançar mais, um exemplo de evolução é a decisão do STJ que reconhece a união estável homoafetiva e um exemplo de preconceito é a criação proposta por um vereador de São Paulo e aprovada pela Câmara de Vereadores do “Dia do Orgulho Hétero”.

Comparar o “Dia Orgulho com Gay” com o “Dia do Orgulho Hétero” é muito tacanho, manifestações são feitas para darem visibilidade às minorias vítimas de preconceitos e até onde sei, os héteros não são discriminados.

 Com certeza todos podem sentir orgulho do que são, porém, as pessoas vítimas de preconceito se organizam para se tornarem visíveis, para que seus direitos sejam respeitados e para que não aconteça mais o que aconteceu no metrô em São Paulo, pessoas serem espancadas só por demonstrarem afeto.

Agora, o esperado mesmo é que consigamos atingir um grau de respeito e civilidade e não precisemos mais de manifestações. Por enquanto ainda necessitamos muito dessas manifestações, só não precisamos do "Dia do Orgulho Hétero".


Gabriel Villarim é Representante da Juventude Socialista Brasileira no Congresso Nacional

domingo, 3 de julho de 2011

RESOLUÇÕES DA ÚLTIMA REUNIÃO DA COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL DA CONFERÊNCIA NACIONAL DE JUVENTUDE


Na última quinta-feira (30 de junho), a Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Juventude se reuniu para discutir as etapas preparatórias do evento, iniciadas em todo o país. Ao final do encontro, o grupo aprovou seis resoluções e uma recomendação relacionada a essas etapas, que antecedem o encontro nacional, agendada para o período de 9 a 12 de dezembro, em Brasília.

Uma das resoluções aprovadas discipllina as conferências territoriais, reconhecendo os Territórios da Cidadania e de Identidade como espaços representativos do público jovem e das políticas públicas georreferenciadas. Em uma outra, a Comissão ampliou os prazo para convocação e realização das etapas municipais, além readequar também os prazos das regionais e territoriais.

Clique abaixo e baixe as resoluções:

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Corda Bamba

Artigo J. O Globo 18/06/2011

Em vários locais, a juventude está indo às praças; no mundo árabe, lutando pela democracia, acampados nas praças, como a Tahrir, no Egito; nos países europeus, por emprego, como na Praça Catalunha, em Barcelona, e no Portal Del Sol, em Madri. Tanto no mundo democrático da Europa, quanto no Egito sem democracia, a juventude está carente de mudanças, descontente com os rumos da sociedade em que vive. Seja por falta de democracia, de emprego, de paz, de lazer ou de cultura.

No Brasil isso não está acontecendo. Aparentemente, nossos jovens estão contentes, mas, na verdade, eles não percebem a corda bamba por onde caminham ao longo da vida.

A infância, a adolescência e a juventude brasileira caminham sobre uma corda bamba, da qual milhões vão caindo antes mesmo de chegar à idade adulta.

Logo no início da vida, crianças caem da corda bamba por falta de uma UTI infantil ou porque as mães são desprezadas pelos pais e terminam abandonando o recém-nascido. Milhões de crianças, que sobrevivem às primeiras horas de vida, continuam na corda bamba por falta de comida, de brinquedos, de estímulos educacionais, sem escolas maternais e sem o acompanhamento de mães preparadas ou de creches com qualidade. Caem da corda antes mesmo de começarem a caminhar.

Das que sobrevivem aos primeiros anos, milhões nem ao menos conseguem chegar à escola. Depois de caminhar alguns anos na corda caem logo depois, por não conseguirem entrar na escola, ficarem sem o desenvolvimento intelectual necessário e seguirem na vida sem as ferramentas básicas necessárias à vida moderna, tais como, emprego, renda e acesso a serviços essenciais.

Mesmo as que entram na escola, continuam caminhando sobre a corda bamba. A pobreza das famílias e a má qualidade da escola expulsam a maioria delas antes mesmo do fim do ensino médio. São derrubadas da corda, jogadas no chão, sem alternativas. Das que concluem o ensino médio, mais da metade não teve um ensino de qualidade e, por isso, não entrará no ensino superior, nem em um curso profissionalizante competente, ou entrará, mas abandonará o curso por incapacidade de segui-lo até o fim. Pode até obter um diploma, porém sem conhecimento superior e ficará sem emprego de nível e renda superiores.

Ao longo de todo esse tempo, e mesmo depois, essas crianças, adolescentes e jovens estarão em uma corda bamba que ameaça derrubá-las pela morte violenta antes do tempo, pela droga que age como o motor do balanço da corda por onde caminham os jovens.

Um amigo, uma decepção, uma cobrança, o simples trago em um cigarro errado ou num copo de bebida pode empurrar o jovem para a queda com uma pequena chance de recuperação.

Mesmo os que não caem por força do empurrão das drogas, caem pela ociosidade, sem escola e sem emprego.

Mas não é apenas a escola sem qualidade e a falta de renda da família que derrubam crianças. Os adolescentes e jovens de renda média e alta também caminham por uma corda bamba, pela falta de atividades e por causa de uma escola aparentemente boa, em comparação com as péssimas. Ou porque também correm o risco do consumo de drogas ou da droga do consumismo. Move a corda também a alienação da voracidade do superconsumo para aqueles que aparentemente chegaram ao outro lado, mas vivem sacrificando a vida para o enriquecimento sem valor existencial.

E quase sempre se endividando, seja pela dívida consigo mesmo, por não atender aos desejos de consumo de luxo, seja pelo endividamento com os bancos para poder comprar o luxo que deseja. Endividam-se pelos desejos de compras não realizadas ou com os bancos pelo financiamento para realizá-los.

Concorre para mover a corda a corrupção na política. Não apenas pelo desperdício de recursos públicos que vão para os bolsos de alguns, em vez de ir para as políticas públicas, com investimentos para os jovens. Pesam também a decepção e a alienação que excluem os jovens da participação política.

No Brasil, atravessar os anos antes da vida adulta é caminhar sobre uma corda bamba, balançando constantemente diante da omissão do setor público, da desarticulação das famílias, da necessidade de consumo, da violência da droga e, sobretudo, por falta do estável terreno da educação de qualidade assegurada a todos.

cristovam BUARQUE é senador (PDT-DF).

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As PPJs e o papel da JSB-DF

           A juventude Brasileira viveu nesse último período e vive hoje o melhor momento de sua história no que diz respeito às pautas de PPJs, tiveram vários avanços importantes nessa pauta tanto na formulação dos marcos legais quanto na implementação das políticas.

O Governo do presidente Lula foi um marco importante para a juventude brasileira em vários sentidos, nele tivemos a criação da Secretaria Nacional de Juventude e do Conselho Nacional de Juventude, espaços reais de discussão, onde toda e qualquer organização da Sociedade brasileira e do Governo passaram a discutir e implementar as PPJs no Brasil.

Outros avanços importantes também foram conquistados no Congresso Nacional. A aprovação da PEC da Juventude (que já esta promulgada) que é a garantia constitucional dos diretos dos Jovens, a aprovação na comissão especial da Câmara dos Deputados, do Estatuto da Juventude, que é o marco regulatório da Juventude Brasileira e também o Plano Nacional da Juventude, que estabelece metas decenais para os ministérios que destinam ações e recursos à essa faixa da população e para governos estaduais e municipais, que terão dois anos para elaborar seus planos locais. Hoje esses dois projetos encontram-se prontos para serem votados no Plenário da Câmara dos Deputados.

Esses são alguns exemplos de ações e conquistas nesse período, mas não se pode esquecer de um dos momentos mais importantes que a juventude brasileira teve que foi a 1ª Conferência Nacional de Juventude que é um espaço de diálogo entre o poder público e a sociedade sobre os desafios da construção de políticas públicas para o segmento juvenil e as alternativas que devem ser adotadas pelos governos para responder a elas.

O Governo da presidenta Dilma começa com um grande desafio, que é a realização da 2ª Conferência Nacional de juventude, que acontecerá em Brasília em dezembro deste ano. Mais um momento para construção da pauta de PPJs que ocorre no início de seu mandato, quando o Governo e a sociedade terão tempo para concretizar sua implementação.

No Governo do Distrito Federal não é diferente, a eleição de Agnelo Queiroz trouxe um novo momento para as PPJs, começando pela criação da Secretaria de Estado da Juventude. Os desafios estão postos, cabe agora à juventude do DF se organizar para discutir e formular suas pautas.

No caso do Partido Socialista Brasileiro, é através da Juventude Socialista Brasileira, que é um órgão de apoio do Partido, que serão discutidas essas pautas. Porém, o atual momento da Juventude Socialista Brasileira do DF é de preocupar, discussões são feitas sem o menor embasamento político, critério e racionalidade com o processo político de juventude que o Brasil e o Distrito Federal vivem hoje.

Encontros foram feitos para se discutir, única e exclusivamente, retirada ou não de uma direção provisória existente e a escolha de uma outra, o que é legítimo dentro de um processo político partidário, só precisa ser feita de forma racional e inteligente, para que a organização continue contribuindo com o processo de PPJ.

Preocupante é o fato de essa ser a única pauta de pessoas que se colocam a disposição de “organizar” a JSB-DF, esquecem que os processos políticos estão colocados e se o partido não se inserir o bonde passa e essa “organização” não atingirá seu objetivo.

Fazer política partidária é, além de outras coisas, a ocupação de espaços no cenário político e no caso da juventude não é diferente, só que isso não pode ser o fim e sim o começo de todo esse processo, para que se possa contribuir com a PPJ.

No último sábado dia 11/06 foi constituída pelos jovens filiados ao PSB, junto com o Núcleo do DF da Fundação João Mangabeira, a nova executiva provisória da Juventude Socialista Brasileira do DF. Processo este, que é de assustar, pois, foi feito sem nenhum debate político, houve apenas uma preocupação com o preenchimento dos novos cargos disponíveis.

Colocar o debate da forma como foi colocado é muito sério e chega, às vezes, a ser equivocado. Esquecer do processo de PPJs que está ao nosso redor, para pensar só no interno de ocupação de cargos é um erro. Esquecer o que já foi feito dentro dos processos locais e nacionais é afirmar que a juventude do PSB é um fim em si mesma.

Existem tarefas de construção do processo nos âmbitos local e nacional, que vinham sendo executados, como por exemplo: participar da coordenação das campanhas majoritárias do DF; contribuir na coordenação da campanha presidencial; participar das campanhas proporcionais; além de construir PPJs no Conselho Nacional de Juventude, na construção das conferências Distrital e Nacional de juventude e na relação institucional da pauta de juventude com o Congresso Nacional.

E com toda a dificuldades as tarefas vinham sendo cumpridas, o que fez com que hoje a JSB-DF ocupe espaço na Direção Nacional da JSB, no Conselho Nacional de Juventude, nos mandatos de nossos parlamentares e no Governo.

Foi criada uma nova Executiva provisória da JSB-DF de forma atabalhoada e sem critério e discussão política, para cumprir uma agenda estratégica: Conferência Distrital de Juventude, Conferência Nacional de juventude, Congresso da UNE, Congresso da UBES, Congresso da JSB e PSB DF e Congresso da JSB e PSB Nacional.

Para se obter um bom desempenho nesse processo é necessário ter diálogos com as juventudes partidárias do DF, secretários Estaduais de juventude do PSB e executiva Nacional da JSB, pois o Congresso Nacional da JSB e a Conferência Nacional de Juventude ocorrerão no DF e fica a cargo da JSB-DF e representantes da Direção Executiva Nacional da Juventude Socialista Brasileira ter uma participação ativa na organização de nossas Bancadas Estaduais. Seria de extrema importância pra a organização e fortalecimento da JSB-DF que, pelo menos, a maioria dos membros escolhidos para compor a JSB-DF já tivessem relações com as organizações acima citadas.

O que preocupa nas decisões tomadas na referida reunião é que, dessa executiva de sete membros, só uma pessoa tem um pouco dessas relações, essa pessoa teria que aumentar a sua base de interlocução e os outros teriam que criá-la. Desse modo, até isso acontecer já se passariam todos os processos e a JSB-DF ficaria de fora.


Gabriel Villarim é Representante da Juventude Socialista Brasileira no Congresso Nacional